domingo, 24 de janeiro de 2010

Ao isento de culpa, cabe atirar a primeira pedra.



Numa das minhas visitas à Casa André Luiz, colhi esse texto, que fica à disposição do público:

"Um tipo de auxílio raramente lembrado: o respeito que devemos uns aos outros na vida particular.

Caro é o preço que pagamos pelas lesões afetivas que provocamos nos outros.

Nas ocorrências da Terra de hoje, quando se escreve e se fala tanto, em torno de amor livre e de sexo liberado, muito poucos são os companheiros encarnados que meditam nas consequências amargas dos votos não cumpridos.

Se habitas um corpo masculino, conforme as tarefas que foram assinaladas se encontraste essa ou aquela irmã (ou irmão) que se te afinou como o modo de ser, não lhe desarticules os sentimentos, a pretexto de amá-la (o), se não estás em condição de cumprir com a própria palavra, no que tange a promessas de amor.

E se moras presentemente num corpo feminino, para o desempenho de atividades determinadas, se surpreendeste esse ou aquele irmão (ou irmã) que se harmonizou com as tuas preferências, mão lhe perturbes a sensibilidade sob a desculpa de desejar-lhe a proteção, caso não estejas na posição de quem desfruta a possibilidade de honorificar os próprios compromissos.

Não comeces um romance de carinho a dois, quando não possas e nem queiras manter-lhe a continuidade.

O amor, sem dúvida, é lei da vida, mas não nos será lícito esquecer os suicídios e homicídios, os abortos e crimes na sombra, as retaliações e as injúrias que dilapidam ou arrasam a existência das vítimas, espoliadas do afeto que lhes nutria as forças, cujas lágrimas e aflições clamam, perante a Divina Justiça, porque ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro e nem sabe a qualidade das reações que virão daqueles que enlouquecem, na dor da afeição incompreendida, quando isso acontece por nossa causa.

Certamente que muitos desses delitos não estão catalogados nos estatutos da sociedade humana; entretanto, não passam despercebidos nasLeis de Deus que nos exigem, quando na condição de responsáveis, o resgate justo.

Tangendo este assunto, lembramo-nos automaticamente de Jesus, perante a multidão e a mulher sofredora, quando afirmou peremptório: "aquele que estiver isento de culpa, atire a primeira pedra"

Todos nós, os espíritos vinculados à evolução da Terra, estamos altamente compromissados em matéria de amor e sexo, e, em matéria de amor e sexo irresponsáveis, não podemos estranhar os estudos respeitáveis nesse sentido, porque, um dia, todos seremos chamados a examinar semelhantes realidades, especialmente as que se relacionem conosco, que podem efetivamente ser muito amargas, mas que devem ser ditas."

Lesões Afetivas, psicografia de F.C.Xavier, do livro Momentos de Ouro, GEEM


Quero acrescentar, que lesões afetivas não ocorrem somente em relações intimas entre casais. Quando digo íntimas, não me refiro somente ao sexo, mas a tudo que somente dizer respeito à vida dos parceiros. Lesões afetivas podem acontecer em qualquer relação que envolva afeto.

As expectativas de um podem não ser correspondidas nas atitudes do outro. Um amigo que não oferece o apoio ou a atenção esperada; um familiar que não presta auxílio nas atividades domésticas; um parente que 'passa a perna' na herança do outro..etc.

Muito embora não seja possível corresponder a todas as expectativas alheias (o que dá origem a decepções), é possível agir com cautela, percebendo as pistas dadas por nossos companheiros, é quando ligamos nosso 'desconfiômetro', que se faz quando apuramos nossa capacidade de colocarmo-nos no lugar do outro. Tudo pode ser resolvido com base numa comunicação eficaz.

Quando temos dúvida das inteções dos outros, temos o dever de esclarecer as coisas. Por que perguntar as vezes se torna tão difícil e/ou doloroso? Voltar atrás, perceber que houve um equívoco de vontades não é algo humilhante. Muito pelo contrário. É gratificante olhar para trás e ver relações bem sucedidas, bem resolvidas, que serviram para um crescimento mútuo.

Sem mais considerações, finalizo o post.

Abraços a todos(as).

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