domingo, 30 de janeiro de 2011

Democracia?? Nunca vi, nem provei, eu só ouço falar..

Brasil perde para o Timor Leste em grau de democracia

São Paulo - O Brasil ainda abriga contradições políticas tão grandes quanto seu território. No mesmo país onde há orgulho pela primeira mulher eleita presidente, os senadores e deputados aprovam para si mesmos um aumento de 61,8% nos salários, o que vai custar aos contribuintes quase 140 milhões de reais por ano. Por razões como esta, em um estudo feito pela unidade de pesquisa da revista britânica "The Economist", o Brasil aparece descrito como um país de "democracia imperfeita".

O trabalho da Economist apresenta um ranking de 160 países classificados quanto ao grau de desenvolvimento da democracia de cada um deles. O Brasil aparece em 47º, atrás de países como Cabo Verde (27º) ou Timor Leste (42º), que conquistou sua independência apenas em 1999.

Para chegar às notas finais (de um a 10, sendo a nota máxima equivalente ao conceito de "democracia plena"), o estudo considerou as opiniões dos habitantes de cada país pesquisado.Quem participou, respondeu a perguntas como "Existe um sistema eficaz para avaliar e contrabalancear a autoridade do governo?"; "Há mecanismos e instituições eficientes para assegurar a prestação de contas do governo perante o eleitorado no período entre uma eleição e outra?"; e "Como é a corrupção de modo geral?".

Os brasileiros julgam que a cultura política do país é insuficiente e que a população fica alheia aos processos de decisão do governo. Outra crítica é com relação à falta de transparência e de prestação de contas por parte das autoridades. Confira nas fotos abaixo os demais resultados do estudo e conheça os 10 países mais democráticos do mundo. (obs: confira a matéria na íntegra e veja os outros 6 países. nesse post apresentarei somente os 4 primeiros. link:http://exame.abril.com.br/economia/mundo/noticias/brasil-e-pais-de-democracia-imperfeita-segundo-ranking-da-economist?p=1#link)


A Noruega é o país mais democrático do mundo. A pesquisa da The Economist levou em conta três categorias, a saber, "Processo eleitoral e pluralismo", "Funcionamento do Governo", "Participação Política", "Cultura Política" e "Liberdades Civis". A Noruega teve a maior nota em todas as categorias, chegando à nota final 9,80. No país de monarquia parlamentarista, os maiores destaques são o processo eleitoral, a participação da população na política, e as liberdades civis, todas com nota 10. Enquanto alguns países europeus experimentaram um processo de erosão em seus sistemas políticos, como França, Itália, e Grécia, a Noruega progrediu. Na pesquisa anterior da Economist, feita em 2008, a nota do país nórdico havia sido 9,68. A foto acima mostra o prédio que abriga o Parlamento da Noruega.


Islândia: nórdicos lideram ranking da democracia. Na segunda posição do ranking dos países mais democráticos está outro nórdico. As notas atribuídas à Islândia demonstram que a população conhece bem não apenas o sistema de governo, uma república parlamentar, como os representantes do poder público. O país é mais bem avaliado nas categorias "Processo Eleitoral" e "Cultura Política", tendo recebido nota máxima em ambas. Em 2008 a Islândia havia ficado em terceiro lugar no ranking, tendo ultrapassado a Suécia nesta edição do estudo. A foto mostra a Stjornarrad, sede do poder executivo.


Dinamarca ocupa terceira posição no ranking. Outra vez um país nórdico. A Dinamarca ocupa a terceira posição no ranking elaborado pela Economist. A nação, que foi classificada como tendo uma "democracia plena", obteve a nota geral 9,52. No país de monarquia constitucional, no qual o poder executivo é exercido por um grupo de ministros, o destaque é o processo eleitoral. Todos os entrevistados da Dinamarca consideraram que o processo eleitoral é adequado e há pluralismo político. O país possuía, em 2009, 50 partidos políticos, contra 40 em 2007. A foto ao lado mostra a família real dinamarquesa, tendo no centro a rainha Margarida II.


Suécia perde pontos por causa da xenofobia. Em 2008 a Suécia liderava o ranking da Economist, mas caiu três posições na edição atual do estudo. Isto aconteceu principalmente porque nos últimos anos um sentimento de xenofobia, principalmente contra muçulmanos, ganhou força. Além disso, a falta de transparência dos partidos quanto a seus demonstrativos financeiros causou certo descontentamento na população. Mesmo assim o país recebeu, com base nas respostas de seus cidadãos, a nota geral 9,50. O processo eleitoral, a pluralidade partidária e as liberdades civis foram os itens mais bem avaliados, recebendo nota máxima. Na foto, o Palácio de Estocolmo.

OBS: Em relação à Suécia, ja conhecia a fama desse país em tratar seus congressistas como funcionários à serviço do povo. Lá não há moleza como aqui é dada aos detentores do 'poder'. Lá eles são vistos pela população como pessoas contratadas por determinado período para exercer um cargo como outro qualquer, portanto o trabalho deve ser feito da melhor forma possível e (observando a ótica de que o recurso público é escasso) da forma mais econômica.

Veja vídeos que comprovam tail cultura:





É, e que me perdoem os anti-marxistas, e os pró-neoliberalismo, mas democracia parece ser mais que uma disputa bipolarizada, parece ser sinônimo de igualdade SIM, por lá (pelos países REALMENTE democráticos impera) MENOR desigualdade social, MAIORES benefícios concedidos pelo Estado, INVESTIMENTOS em educação, saúde e emprego.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Prosperar

A Seicho No Ie acredita que o ser humano veio à Terra, dimensão das dimensões de existência, para ser feliz. O karma é responsável por parte dos acontecimentos, mas outra parte sucede segundo nossos desejos e vontades, concretizadas em ações e reações. No mesmo panfleto que continha a "Oração para purificar o ambiente" no verso estava escrito algo que preciso partilhar:

10 Dicas Infalíveis para Prosperar:

1. Acreditar que você tem condição de melhorar o seu destino.
2. Manter a alegria com o sentimento de gratidão.
3. Ter a seguinte fé: "Estou no meio da vibração de Deus",
4. Interpretar tudo positivamente.
5. Cumprir rigorosamente o compromisso.
6. Procurar dialogar com diversas pessoas, mesmo com quem não se simpatiza.
7. Esforçar para o auto-aprimoramento.
8. Obter a proteção do "Anjo-Protetor".
9. Harmonizar-se com todas as coisas.
10. Esforçar para a manifestação do amor em atos é exteriorizar seu Deus interno.

Esses escritos me foram entregues no Seminário da Prosperidade, em Ibiúna.
Graças à diligência e força de vontade da Associação da Prosperidade Seicho No Ie do Brasil.

Muito Obrigado!

Arrumando (arruinando) meu quarto.

Finalmente o ar vai passar sem levar poeirinhas para o meu nariz.
A limpeza vai reinar na minha vida!!! Aleluia irmaãos! Sabia que esse dia chegaria.
É dia de arrumação na casa, no quarto, nos meus arquivos, e olha so o que eu encontrei...




Não passava de um pedaço de papel, panfleto de propaganda, mas ele continha algo importante, como tudo que eu guardo em casa contém:

Oração para purificar o ambiente

Muito obrigado, Deus, por este local sagrado de trabalho.
Deus ilumine, oriente e proteja a todos aqueles que aqui entrarem.
Deus, muito obrigado, pela sua segurança e proteção.
CAda centímetro de área desta empresa ou casa, abençoada,
Deus se manifeste purificando-a em definitivo.
Muito obrigado, Deus.
Aqueles que vierem com maus pensamentos, ao cruzarem esta porta
abençoada, Deus Pai purifica as mentes tornando-os nossos melhores amigos.
Deus, zela e protege este local sagrado de trabalho, fazendo com que os meus colegas, parentes, amigos, vizinhos, fornecedores e fregueses tenham satisfação de estar conosco e partilhar de nossa amizade.

Grande abraço a todos.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Brutto Estate.



Estate
Sei calda come i baci che ho perduto
Sei piena di un amore che è passato
Che il cuore mio vorrebbe cancellare
Odio l’estate Il sole che ogni giorno ci scaldava
Che splendidi tramonti dipingeva
Adesso brucia solo con furore

Tornerà un altro inverno
Cadranno mille petali di rose
La neve coprirà tutte le cose
E forse un po’ di pace tornerà

Odio l’estate
Che ha dato il suo profumo ad ogni fiore
L’estate che ha creato il nostro amore
Per farmi poi morire di dolore

Tornerà un altro inverno
Cadranno mille petali di rose
La neve coprirà tutte le cose
E forse un po’ di pace tornerà

Odio l’estate
Che ha dato il suo profumo ad ogni fiore
L’estate che ha creato il nostro amore
Per farmi poi morire di dolore

Odio l’estate
Odio l’estate
Odio l’estate
Odio l’estate…

Ps:
Non l'odio, ma..
mi dispiace tutta questa pioggia.
Piove nel mio cuore.
Inonda mi'alma.
Fa soffrire i miei occhi.
Sento la musica del profondo dolore.
Che suona..
suona al primo cadere delle goccie.
Fammi temere le nuvole,
che da nulla diventano arrabiate,
brutte, senza pietà,
Perdono la purezza e uccidono gli uomini.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

DANUBIO VERMELHO



Mais acostumados a divulgar vazamentos de petróleo que acidentes da indústria de alumínio, jornais de todo mundo espantaram seus leitores ao divulgarem no começo de outubro imagens da pequena cidade húngara de Ajka (a 160 km de Budapeste), inundada por um líquido espesso,
vermelho e altamente cáustico. A destruição, causada pelo rompimento de um reservatório de “lama tóxica” – como ficou conhecido o material, que chegou a alcançar o rio Danúbio –, trouxe à tona as sérias questões ambientais que envolvem a fabricação do metal. Para alguns pesquisadores, a catástrofe reforça a necessidade urgente de encontrar uma utilidade para esse resíduo corrosivo, que se acumula em gigantescas lagoas artificiais construídas em diversos
países onde há exploração de bauxita – entre eles, o Brasil. Da bauxita se extrai a alumina (óxido de alumínio), que depois é convertida em alumínio, o metal leve e maleável com o qual são feitas latas de bebidas, embalagens de alimentos e esquadrias de portas e janelas, para citar
apenas alguns exemplos domésticos.
Para produzir uma tonelada de alumínio são necessárias quatro toneladas de bauxita e, no processo de beneficiamento, são geradas duas toneladas de lama vermelha, explica Maria Lúcia Pereira Antunes, pesquisadora do Núcleo de Automação e Tecnologias Limpas da Unesp em Sorocaba.
“Ninguém sabe o que fazer com esse resíduo. É um enorme passivo ambiental.” Muitos veículos de imprensa chegaram a noticiar que o resíduo vazado em Ajka tinha alto teor de metais pesados, que são tóxicos (daí o apelido que a lama recebeu), mas a informação não foi confirmada pelo governo húngaro – e esses elementos não costumam estar presentes no processo de
beneficiamento ou na bauxita.
Os principais componentes minerais da Danúbio vermelho lama vermelha são óxido de ferro (de onde vem sua cor) e óxido de sílicio (na forma de areia e quartzo), além de uma pequena
quantidade de óxido de titânio. Teoricamente, a indústria poderia reaproveitar o óxido de ferro, mas a tarefa é economicamente inviável. “É mais barato extraí-lo da natureza”, afirma a pesquisadora.
Do ponto de vista ambiental, o maior problema da lama vermelha é sua característica alcalina, que faz com que ela queime e corroa quase tudo que toca. O método químico usado na extração de alumina a partir da bauxita usa como solvente o hidróxido de sódio, mais conhecido
como soda cáustica, que permanece no resíduo. Na escala de pH, em que 1 é o máximo da acidez e 14, o máximo da alcalinidade, a lama que vazou na Hungria atingia o valor de 13.
No Estado de São Paulo, onde a legislação ambiental obriga que as empresas diminuam a alcalinidade do resíduo, o pH da lama vermelha fica entre nove e dez. Mesmo assim, é algo agressivo o bastante para alterar o equilíbrio biológico de uma região caso ela seja afetada por um vazamento, principalmente se o líquido atingir os cursos d’água, como ocorreu em Ajka. Segundo Maria Lúcia, é difícil imaginar o impacto do acidente no rio Danúbio, dada a quantidade gigantesca de resíduo lançada no ambiente. As estimativas giram em torno de 700 milhões de litros de lama vermelha – mais que o volume calculado para o vazamento de petróleo no Golfo do México entre abril e agosto deste ano (cerca de 600 milhões de litros), o maior desastre ambiental da história dos Estados Unidos.

Resíduo que limpa resíduo

A pesquisadora de Sorocaba é uma física que se tornou especialista na formação e caracterização da alumina e, de tanto visitar com seus alunos o reservatório mantido
por uma refinaria da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio) em Alumínio, perto de Sorocaba, decidiu levar a lama vermelha para o laboratório e procurar uma utilidade para o resíduo. Com um projeto financiado pela Fapesp, ela quer saber se esse material pode ser usado no tratamento dos efluentes da indústria têxtil. “Por mais que a indústria trate os efluentes têxteis como manda a legislação, é muito difícil remover completamente os corantes (que tingem os tecidos)”, diz. “O resultado é uma água que sempre tem um pouco de cor.” Sua ideia é usar a lama vermelha da mesma forma como é usado o carvão ativado, para adsorver os corantes e deixar o efluente mais limpo.
A adsorção é um fenômeno físico no qual as moléculas de um fluido (o adsorvido)
aderem, por atração de cargas elétricas, a uma superfície sólida (o adsorvente). Maria Lúcia tem secado a lama até transformá-la num pó e imobilizá-lo numa placa, pela qual o efluente poluído passará e do qual, espera-se, poderá sair mais limpo. “Ainda estamos na fase de bancada, estudando as propriedades da lama e testando diferentes frações dela para ver que tipo de corante ela adsorve melhor”, explica.
Enquanto isso, seu colega Fabiano Tomazini da Conceição, geólogo da Unesp em Rio claro, faz algo parecido, mas com finalidade um pouco diferente. Ele quer saber se a lama tóxica é capaz de remover metais pesados da água contaminada.
Os resultados, também neste caso, são preliminares. Trabalhando com metais como chumbo, cobre, cádmio e níquel, ele tem feito testes para saber quanto o material é capaz de adsorvê-los. “Usamos a lama in natura ou ativada, isto é, quepassa por um tratamento térmico, com o objetivo de aumentar a adsorção”, explica. O projeto conta com apoio do CNPq.

Expertise australiana

Especializado no manejo de bacias hidrográficas, Tomazini começou a se interessar
pela lama vermelha durante o pós-doc na Universidade de Brisbane, na Austrália, de onde voltou no ano passado com o contato de alguns pesquisadores.
Ele já conhecia Maria Lúcia do câmpus de Sorocaba, onde trabalhou até 2008, antes de se transferir para Rio Claro. Os interesses dos dois convergiram e agora é ela que está de malas prontas para Brisbane, para um estágio de três meses. Maior produtor mundial de bauxita, a Austrália é também o país que mais investe em pesquisas para transformar o resíduo da fabricação do alumínio em algo útil. Uma das linhas de pesquisa dos cientistas australianos, conta Tomazini, é o uso da lama vermelha para a adsorção de gás carbônico. Se mostrar capacidade e eficiência para sequestrar um dos principais responsáveis pelo efeito estufa, o resíduo poderia ser usado em filtros de escapamentos e chaminés. Adsorver corantes, metais pesados ou gás carbônico é um jeito de dar utilidade para a lama vermelha, mas isso não elimina
elimina o problema de ela continuar ocupando espaço no planeta, sempre correndo o risco de contaminar o ambiente, alertam os pesquisadores. Por isso, a segunda etapa
das pesquisas envolve o uso do resíduo (com qualquer coisa que estiver adsorvida
nele) na fabricação de concreto e tijolos.
“Só assim a gente resolve um problema de escala, já que a quantidade de lama produzida é muito grande”, diz Maria Lúcia. No caso do concreto, a ideia é substituir
uma fração da areia por lama vermelha. Para os tijolos, a situação é mais delicada.
“Como é um material cerâmico, envolve queima. Nós precisamos saber que tipo de resíduo vai sair pela chaminé, senão o que poderia ser uma solução ambiental, vira
um problema”, pondera a pesquisadora.
A pesquisa está só começando. “Temos de entender como os grânulos da lama e os minerais contidos nela vão compor a estrutura do tijolo”, afirma Tomazini. Uma das preocupações, no caso da lama usada previamente como filtro de metais pesados, por exemplo, é que esses elementos se despreguem do material que venha a ser usado na construção civil e contaminem o ambiente. Com essas questões em mente, o geólogo de Rio Claro deve ir ainda este ano ao Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, para analisar suas amostras sob poderosos microscópios eletrônicos (de forma semelhante ao explicado no “Como se faz” desta edição, a partir da pág. 12).
As empresas produtoras de alumínio demonstram interesse nas pesquisas com a lama vermelha, segundo Maria Lúcia. “Isso ocorre no mundo inteiro, porque o custo de manter uma lagoa (reservatório) é altíssimo. Tem que haver monitoramento contínuo”, comenta. A lagoa mantida pela CBA em Alumínio, de onde vem o resíduo que está sendo testado pelos pesquisadores da Unesp, ocupa uma área de 1 hectare e tem capacidade para 870 mil metros cúbicos. Em 2024, ela deve ser desativada. “Depois disso, vão ter que procurar outro lugar [para armazenar o resíduo]. É um passivo para a vida inteira.”

FONTE: http://www.unesp.br/aci_ses/revista_unespciencia/edicao_15/a-face-vermelha-do-aluminio