terça-feira, 27 de julho de 2010

Presente repete o passado.

Nova forma de colonização e exploração: controle de ações em empresas multinacionais por corporações extrangeiras em países de terceiro mundo (ditos em desenvolvimento) tradicionalmente produtores de matérias-primas e bens primários.

Apesar de serem detentores de riquezas naturais abundantes, países dominados pela política populista de controle de massas, baseada na "distribuição de renda controlada" (denominada por mim, pinga-pinga) - a exemplo de bolsas escola, família, auxilio gás e energia, entre outras - , associada a espetáculos midiáticos (copa do mundo e campeonatos de futebol) tal como os da já familiar estratégia "pão-e-circo", são frequentemente lesados em seu patrimônio e capitais internos sem que seu povo nem tome conhecimento.

É como disse o Arnold Vandame Stalone, a gente acaba com os predios deles, explodimos tudo, e eles ainda correm, sorrindo de orelha a orelha, nos agradecer com cachorros-quente.

Somos como aqueles pobres ignorantes, que moram num castelo pensando que é uma humilde choupana, e não dão a mínima para os 'pequenos' furtos feitos pelos vizinhos convidados do banquete. Sequer sabem que são roubados bem debaixo de seus grandes narizes tortos. Ou pior, quando sabem, fingem não saber, pois sentem-se sós no imenso país da roubalheira, e portanto, não reclamam seus direitos, já que pensam dos 'amigos' depender.

Abram seus olhos! Os bens são seus! Que amigo age de boa fé investindo em sua casa e apos triplicar o valor investido, leva-o embora para aplica-lo em seu proprio castelo?

Veja o que acontece nesse imenso país, a mais de 1000km do feudo de Cuiabá:

SÃO PAULO (Reuters) - Cerca de 250 índios de dez etnias libertaram no início da noite desta segunda-feira cinco funcionários de um consórcio que constrói uma usina hidrelétrica em Aripuanã, no interior de Mato Grosso, disse o secretário adjunto de Meio Ambiente estadual, Salatiel Araújo.

Os índios reclamam que a usina estaria sendo construída na área onde existiria um cemitério indígena e também alegam que suas aldeias na região sofrem impactos por conta da construção da unidade, que fica a cerca de 1.100 quilômetros da capital Cuiabá.

"Os reféns foram libertados e agora estamos conversando com os índios", disse Araújo à Reuters por telefone.

Os índios invadiram o canteiro de obras da usina de Dardanelos no fim de semana e, inicialmente, fizeram reféns 280 trabalhadores, informou mais cedo o capitão da Polícia Militar local, Sebastião Taques.

Ele acrescentou que na noite de domingo, os índios aceitaram libertar grande parte dos funcionários, mas mantiveram três engenheiros e dois dos responsáveis pela obra.

Apesar da libertação, os índios permaneciam ocupando o local e mantinham uma reunião com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso e do consórcio responsável pela construção da hidrelétrica.

"Os índios estão tratando a gente com dignidade. Estamos fazendo uma reunião para decidir se vamos discutir as outras questões durante a noite ou amanhã cedo", afirmou Araújo.

A usina hidrelétrica de Dardanelos, que terá capacidade instalada de 216 megawatts, está sendo construída desde 2007 por um consórcio formado pela Neoenergia, empresa brasileira controlada pela espanhola Iberdrola, e as estatais Chesf e Eletronorte, ambas controladas pela Eletrobras.

A data estimada para início da operação da usina é janeiro de 2011.

OBS: Tirem suas próprias conclusões. Os índios, mais uma vez explorados, e exterminados em sua cultura, dignidade, história e território pelo povo colonizador, pasmem, de origem espanhola. É o presente repetindo o passado, mas de maneira mais branda e "politicamente correta".

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